O Bitcoin se tornou a moeda digital mais popular do mercado. No entanto, uma das desvantagens do Bitcoin é que sua extração requer uma grande quantidade de energia e, portanto, grandes quantidades de dióxido de carbono são liberadas na atmosfera.
De acordo com um relatório da IEEE Spectrum, o processamento de um único Bitcoin requer 5.000 vezes a energia consumida ao usar um cartão de crédito Visa! O consumo global de eletricidade para as minas de Bitcoin também está muito próximo do consumo de eletricidade da Áustria e a pegada de carbono global é igual à pegada geral da Dinamarca. Uma estimativa sugere que uma única transação Bitcoin gere até 300 kg de dióxido de carbono.
Mas por que a mineração de Bitcoin exige quantidades tão grandes de energia?
Os altos requisitos de energia são o resultado de um problema chamado “gasto duplo”, bem como os algoritmos complexos usados para lidar com isso. Esse é um defeito em um sistema de caixa digital, que permite gastar um sinal digital mais de uma vez. Para evitar o defeito, criptomoedas como Bitcoin transmitem mensagens pela rede para confirmar cada transação.
No entanto, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, estão planejando uma nova alternativa mais ecológica ao Bitcoin, que exigirá energia zero e será mais seguro do que as moedas digitais existentes. A equipe de pesquisa, liderada por Rachid Guerraoui, argumenta que a questão dos gastos duplos pode ser evitada através do desenvolvimento de algoritmos mais rápidos e com menos consumo de energia.
O novo algoritmo proposto por Rachid e sua equipe enviará uma mensagem para um pequeno grupo, que, por sua vez, espalhará a mensagem para outro grupo, e assim por diante.
Em vez de verificar a legibilidade da transação com cada usuário, o novo algoritmo busca consenso de uma amostra aleatória de usuários no sistema.
Segundo os pesquisadores, esse sistema é muito mais seguro que o existente e também consome muito menos energia. Além disso, a pegada de carbono do novo algoritmo também é comparativamente menor.
O novo algoritmo, que será apresentado no Simpósio Internacional de Computação Distribuída em Budapeste, em 16 de outubro, foi publicado em um artigo intitulado “Transmissão confiável bizantina escalável”.